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Vamos Juntas

Sobre 

Um Blog sobre o Universo da mulher que está se DESPERTANDO para si, para suas vontades, conhecendo, reconhecendo e aprendendo a respeitar seu corpo.

Origem 

Uma união linda das headers da U Couture Lingerie (@u.couture.lingerie) e da Ame.sea Moda Praia (@ame.sea.oficial).

Conteúdos 

  • Visão desnuda de histórias e universos da mulher madura
  • Descobrindo juntas nossas forças e fraquezas
  • Dicas de moda íntima e moda praia
  • Dicas de estilo e imagem
  • Tutoriais sobre utilidades e beleza
  • Tudo sobre bem-estar

Ser mulher em 2022

por Rita C. Oliveira

Aqui estamos! Entrando no mês das Mulheres de um ano que eu pressinto que marcará, no mínimo, algumas mudanças.

Não me desanime pensando que seria possível passar por toda essa revolução mundial e escolher manter aquela mesma “velha vida”, hein? Ai ai ai….

Para chegarmos na mulher de hoje, nós aqui, vou ter que voltar um pouquinho e fazer uma analogia que acredito muito.

Digamos que a vida é uma grande orquestra, nós, somos as maestras (divas e maravilhosas claro) tentando reger diversos instrumentos ao mesmo tempo, que por sua vez já são regidos por cabeças próprias, os músicos.
Alguns já tocam há muito tempo na nossa orquestra, outros há menos tempo e alguns outros entraram agora, aos quais os sons que emitem ainda são muito estranhos pra gente.

Assim, eu poderia dizer que a mulher a.c (antes do COVID) acreditava que nunca dava tempo para o ensaio e que obviamente deveria maestrar aquela orquestra ininterruptamente, sem pausas e que além de tudo “obviamente” (olha que louco) o som deveria sair sempre harmônico e fluido.

Gente, sério! Aí já deu pra ver a grande papagaiada que estávamos nos metendo, né? Pensa que utópico uma maestra super power, foda, persistente e sobre-humana capaz de tocar ininterruptamente uma orquestra sem nenhum ensaio.
Pois é amiga, veja a bucha que nós nos metemos….ia dar errado em algum momento, né? Aliás, já estava dando errado e a gente tava linda e estropiada fingindo que tava tudo certo!
Nos cobrávamos tanto e sobrecarregávamos tanto nossas capacidades que não nos permitíamos errar, descansar, curtir, nos olhar, cuidar e magina, “o ócio?” “isso não existe”, “você não pode parar, olha quantas coisas e pessoas dependem de você! É muito egoísmo pensar em si!”.

E em 2020: Bum! Pandemia, babe!

Fomos obrigadas a parar a música do nada e eis que nesse silêncio, pudemos ouvir o eco do som que estávamos produzindo. Percebemos quais instrumentos estavam desafinando, quais estavam muito mais alto do que deveriam e quais estavam num ritmo muito mais lento…quase arrastando a melodia e dessintonizando toda nossa orquestra.

Aí não teve jeito. Obrigatoriamente, fomos forçadas a encarar a verdade nua e crua.
Começamos a dar muito mais valor para o som que produzíamos ou vimos que aquela música estava horrorosa, que não tinha nada a ver com nossa essência.
Deixamos alguns ou muitos instrumentos de lado, afinamos outros, buscamos algum instrumento que faltava pra iluminar nossa sinfonia. E tivemos o que não nos permitíamos: tempo para balancear a orquestra, perceber suas reais necessidades e essência.
Por fim, sofremos uma epifania e resolvemos ficar só com aqueles instrumentos que se sintonizavam com a música que queríamos tocar.

Aí…passaram-se 2 anos desse processo doloroso, com perdas e descobertas e cá estamos!

Em 2022 d.c (depois do COVID).
Onde percebemos que o ensaio é fundamental! Que não dá pra sair que nem uma doida por aí tocando a mesma música pra sempre de qualquer jeito, mesmo porque os novos músicos e músicas são inevitáveis e são a única certeza que sempre teremos: a mudança constante.
Daí a adaptação, a flexibilidade, o ensaio, o descanso para recarregar as energias, o ouvir a música, o fortalecimento da nossa ferramenta básica para essa maestria (nesse caso, nossas mãos) se percebem IMPRESCINDÍVEIS nessa nova energia.

Não dá mais para ignorarmos tudo isso. Precisamos nos assumir responsáveis pela música que tocamos e nos humanizar.

Sair do externo e nos voltarmos para as nossas necessidades humanas, no mínimo as básicas para haver sintonia, harmonia e uma vida com mais sentido, mais presença e mais vitalidade.

Vibração, amiga. Nossas células são átomos que vibram em uma mesma frequência e produzem uma realidade material. Ela pode ser harmônica ou não, e isso leva a um efeito que é o nosso hoje, nosso presente, o aqui e agora.

“Tá bom Rita, muito lindo tudo isso, mas como funciona tudo isso na pratica? E o que isso quer dizer da mulher de 2022?”

Na prática, estamos nos olhando um pouco mais, olhando nossos corpos e querendo ver pessoas reais nas telas, que nos representem, que carreguem nossas semelhanças com naturalidade.
Mulheres que falem sobre aquelas coisas que escondemos por tanto tempo e que nos faziam nos sentir diminuídas, culpadas, pesadas e sobrecarregadas.
Não queremos mais ver e nos sentir obrigadas a nos encaixar no padrão pré estabelecido pela minoria.

Queremos viver e gritar nossa liberdade aos quatro ventos.
Tivemos o gostinho da leveza de sermos nós mesmas sem culpa dentro das nossas casas, na segurança do nosso universo e agora precisamos de voz para carregarmos nosso universo por aí sem nos sentirmos mal.

Você me pergunta sobre a mulher em 2022 e eu digo que nós estamos prontas para nós apresentarmos nesse novo Anfiteatro, onde na nossa orquestra juntamos somente os instrumentos e músicos que tocam na mesma vibração que a nossa.

Vejo um mundo de possibilidades, com muita música, muita emoção, encontros e manifestação de sinfonias divinas que tocam no coração de cada uma de nós, no Brasil e no Mundo.

Muita gente me acha otimista demais (o q eu atribuo ao meu Ascendente conjunto com Lua, Marte e Urano em Sagitário, assunto pra outro dia rs) mas eu escolho ser assim e olhar para o caminho que eu quero trilhar. Esse é o meu universo. Quero mirar pra cima e ir.
Claro que existem muitos obstáculos e buracos no caminho e sempre vão existir, mas se olharmos o tempo todo para eles, posso te garantir que vai ser beeeem mais difícil não cair dentro deles.

Esse é o meu convite para unirmos os nossos universos, as nossas orquestras. E juntas tocarmos uma música tão maravilhosa e divina que seja ouvida por todas as mulheres que querem vibrar libertação, prazer e auto estima.
E vibrar a própria essência.

Vamos juntas?